quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Paul... Você ainda é o cara!


Ir ao show de Paul McCartney não era apenas a realização de um sonho de adolescente fã dos Beatles... era também a oportunidade de escutar ao vivo um dos maiores músicos de rock de todos os tempos.

Aviso logo que não fiquei decepcionado em nenhum aspecto, mesmo vendo Paul com apenas 3 cm aproximadamente (fiquei na metade da pista... e como o palco não tinha nenhum braço avançado tive que me contentar em assistir ao show pelos gigantes telões laterais – excelentes por sinal).

O som estava maravilhoso, o timbre das guitarras gordos (como todo guitarrista gosta), e a harmonia da banda (que toca junto há muitos anos) perfeita.

Entretanto, o que mais me impressionou no show foi a forma de Paul... um garoto de 68 anos! Foram quase TRÊS  horas de show! Três horas!! Dá para acreditar nisso? Nenhuma banda de jovens toca tanto tempo... imagina um bando de sessentões!

Durante todas essas horas, Paul – demonstrando suas qualidades de músico – tocou o tradicional baixo, guitarra (solando várias vezes), bandolim, ukelele e piano. Simultaneamente, cantava todas as músicas com o mesmo timbre de voz dos velhos tempos. Ouvi de alguns críticos que ele desafinou algumas vezes... confesso que não percebi nada e vou além: o cara ainda está com uma potência vocal invejável.

Outra coisa que me chamou a atenção foi a mistura de idades na platéia. Além dos cinqüentões beatlemaníacos... muitos jovens, adolescentes e crianças. Ao meu lado – por exemplo – tinham quatro garotos (entre 12 e 15 anos) que passariam muito bem por fãs do Restart, mas que cantavam todas canções com as letras na ponta da língua e em perfeito inglês. Os olhos dos meninos brilhavam quando Paul iniciava uma nova canção.

Senhores... são músicas com quarenta a cinqüenta anos e continuam completamente atuais em 2010. Nessas horas passo a respeitar ainda mais os Beatles.  O engraçado é que ainda existe uma minoria (ao meu ver invejosa, ou implicante, ou simplesmente críticos destrutivos) que ignora os Beatles, e os taxa de boys band  (como foram os Menudos, New Kids On The Block ou Back Street Boys). Sem dúvidas umas das analogias mais imbecis que conheço.

O show ainda proporcionou diversos momentos antológicos. Dentre eles destaco:

1. Live And Let Die (rock n’roll na veia... com direito a pirotecnia);


2. Something (tocada com o Ukelele que George o deu... numa nova versão que consegue ser ainda mais melódica - veja o vídeo que fiz abaixo);

3. A Day in the Life/Give Peace A Chance (com balões brancos... bem lúdico);


4. E finalmente Hey Jude e Let It Be (foram 65 mil pessoas num só coro).


Gente... foi um show inesquecível e que tive a graça de assistir!

Obrigado Senhor!

Ah... não poderia deixar de concluir: Paul... VOCÊ AINDA É O CARA!


Abraço a todos.


Mozart
Twitter: @mozartborba
Informações: todas as fotos e vídeos do show foram tiradas com uma Sony Cyber-Shot DSC-W220 sem lente auxiliar.

2 comentários:

  1. Massa o texto! (So deu uma vontadezinha de pular da janela por ter que ficar estudando e perder isso tudo; Mas, supera-se! :P)

    Como assim "boys band?", ahahhaha! Mesmo levando em consideracao o fato da banda ser comercial e pop, o som dos caras transcendeu geracoes, as musicas se tornaram classicos! Esse pessoal faz parte da massa pseudo-intelectual que acredita que música boa nao se torna popular! Ai, ai... é muita limitacao...

    Parabens pela iniciativa do blog. Eu também era avessa à idéia de exposicao virtual, mas, resolvi aderir e to achando ótimo, principalmente pra fugir de Direito!Tem quem aguente nao! =)

    ResponderExcluir
  2. Concordo com tudo Carol... principalmente com: massa pseudo-intelectual que acredita que música boa nao se torna popular!

    Hehehehe.

    Os textos do seu blog são muito legais também!

    ResponderExcluir